segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Vacina contra hepatite B é ofertada a toda população

Munícipes de todas as idades já podem procurar as Unidades Básicas de Saúde de Ibiporã para se imunizar contra a hepatite B. Antes restrita a homens e mulheres até 49 anos de idade e grupos prioritários independentemente da faixa etária, tais como gestantes, manicures, bombeiros, policiais, a vacina contra a doença está sendo ofertada a toda a população. Segundo o Ministério da Saúde, esta mudança ocorreu devido a mudanças no perfil da população, que passou a viver mais e ter vida sexual ativa por mais tempo (a doença é sexualmente transmissível). 
Segundo a coordenadora da Vigilância Epidemiológica e do Programa de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde, Sebastiana Caetano Riechel, a proteção é garantida quando a pessoa recebe três doses da vacina. A segunda dose deve ser aplicada 30 dias após a primeira e, a terceira, seis meses após a primeira. “Todos os postos de saúde de Ibiporã possuem a vacina. É importante levar a carteira de vacinação para, se necessário atualizar o esquema vacinal, e um documento de identificação. Caso a pessoa não tenha a carteira de vacina, a recomendação é que leve o Cartão SUS”, informa Sebastiana. 
A hepatite B é uma doença sexualmente transmissível, mas também pode ser transmitida pelo contato com sangue e por materiais cortantes contaminados, como alicate de unha. Por isso, o Ministério da Saúde alerta que, além do uso da camisinha em todas as relações sexuais, não se deve compartilhar escova de dente, alicates de unha, lâminas de barbear ou depilar. É importante também sempre usar materiais esterilizados ou descartáveis em estúdios de tatuagem e piercing, serviços de saúde, acupuntura, procedimentos médicos, odontológicos e hemodiálise.
Nem sempre a hepatite B apresenta sintomas. Quando aparecem, podem provocar cansaço, tontura ou ânsia de vômito. A pessoa pode levar anos para perceber que está doente. O diagnóstico e o tratamento precoce podem evitar a evolução da doença para cirrose ou câncer de fígado, por exemplo.


Mudanças no Calendário de Vacinação
Além da ampliação da vacina contra a hepatite B para toda a população, o Ministério da Saúde alterou este ano as doses de reforço para vacinas infantis contra meningite e pneumonia, além do esquema vacinal da poliomielite e o número e doses da vacina de HPV, que não será mais necessária a terceira dose.
 “Essas mudanças são rotineiras. O Calendário Nacional de Vacinação tem mudanças periódicas em função de diferentes contextos. Sempre que temos uma mudança na situação epidemiológica, mudanças nas indicações das vacinas ou incorporação de novas vacinas, fazemos modificações no calendário”, explicou o secretario de Vigilância em Saúde, Antônio Nardi. 
Um das principias mudanças é na vacina papiloma vírus humano (HPV). O esquema vacinal passa para duas doses, sendo que a menina deve receber a segunda seis meses após a primeira, deixando de ser necessária a administração da terceira dose. Os estudos recentes mostram que o esquema com duas doses apresenta uma resposta de anticorpos em meninas saudáveis de 9 a 14 anos não inferior quando comparada com a resposta imune de mulheres de 15 a 25 anos que receberam três doses. As mulheres vivendo com HIV entre de 9 a 26 anos devem continuar recebendo o esquema de três doses.
Para os bebês, a principal diferença será a redução de uma dose na vacina pneumocócica 10 valente para pneumonia, que a partir de agora será aplicada em duas doses, aos 2 e 4 meses, seguida de reforço preferencialmente aos 12 meses, mas poderá ser tomado até os 4 anos. Essa recomendação também foi tomada em virtude dos estudos mostrarem que o esquema de duas doses mais um reforço tem a mesma efetividade do esquema três doses mais um reforço.
PÓLIO – Já a terceira dose da vacina contra poliomielite, administrada aos seis meses, deixa de ser oral e passa a ser injetável. A mudança é uma nova etapa para o uso exclusivo da vacina inativada (injetável) na prevenção contra a paralisia infantil, tendo em vista a proximidade da erradicação mundial da doença. No Brasil, o último caso foi em 1989.
A partir de agora, a criança recebe as três primeiras doses do esquema – aos dois,  quatro e seis meses de vida – com a vacina inativada poliomielite (VIP), de forma injetável. Já a vacina oral poliomielite (VOP) continua sendo administrada como reforço aos 18 meses, quatro anos e anualmente durante a campanha nacional, para crianças de um a quatro anos.
Também houve mudança da vacina meningocócica C (conjugada), que protege as crianças contra  meningite causada pelo meningococo C. O reforço, que anteriormente era aplicado aos 15 meses, passa a ser aplicado aos 12 meses, preferencialmente, podendo ser feito até os 4 anos. As primeiras doses da meningocócica continuam sendo realizadas aos 3 e 5 meses.
Mais informações com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica e do Programa de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde, Sebastiana Caetano Riechel – 3178-0309/3178-0331.
Fonte: Caroline Vicentini – Núcleo de Comunicação Social/PMI

Um comentário:

  1. Essa é uma divulgação de extrema importância que a Gazeta está fazendo.
    30% da população possui o vírus da hepatite B ou C e a maioria nem sabe que é portador.
    Campanhas como esta deveriam ser feitas em massa, já que a hepatite B é uma doença de fácil contaminação e incurável.
    Mais detalhes sobre essa doença você poderá encontrar aqui: http://www.saudesublime.com/hepatite-b-definicao-sintomas-tratamento-vacina/

    ResponderExcluir