A promotora Sandra Koch, que atua junto à 42ª Zona Eleitoral, pediu a abertura de um inquérito pela Polícia Federal (PF), para investigar possível crime eleitoral na declaração prestada pelo delegado-chefe da 10ª Subdivisão Policial, Márcio Amaro, ao programa do candidato Marcelo Belinati (PP).
O material foi veiculado na televisão, no programa que foi ao ar na hora do almoço. Com um distintivo da Polícia Civil ao fundo, Amaro diz considerar positivas as propostas de Marcelo Belinati para a segurança pública. O candidato do PP fala em enfrentar o problema do uso de drogas como forma de melhorar as condições de segurança.
As campanhas de Márcia Lopes (PT) e de Luiz Eduardo Cheida (PMDB) representaram contra a peça na Justiça Eleitoral. As duas campanhas pediram liminarmente a retirada da peça do ar e a apuração de responsabilidade. “Os partidos representaram e já fiz a minha manifestação. Estou aguardando a decisão do juiz”, declarou a promotora.
Procurada pelo JL, a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Segurança disse que “não autoriza delegados a gravarem manifestações de apoio utilizando o nome instituição”, que no caso é a Polícia Civil. Como ainda não havia uma denúncia formal junto à secretaria com relação à aparição do delegado no horário eleitoral, a assessoria informou que não há nenhum procedimento aberto para investigar a conduta de Amaro nesse caso.
Já Amaro, negou que a gravação tenha sido feita na sua sala. “Provavelmente foi alguma montagem que fizeram. Eu fiz a gravação num local público, fora do meu horário de trabalho, no sábado”, disse ao JL. O delegado afirmou ainda que estava “com atestado médico” e por isso não estava trabalhando. “Não fiz manifestação político-partidária, apenas falei da relação da violência urbana com o tráfico de drogas”, declarou.
Questionado sobre a possível apuração do suposto crime eleitoral, Amaro disse que sua intenção “jamais foi a de beneficiar o candidato”.
“O que me pediram foi para falar a respeito da relação entre o uso de entorpecentes, o tráfico e o aumento da criminalidade e concomitantemente diante da intenção do candidato de criar em Londrina um centro de tratamento e recuperação de drogados”, prosseguiu.
Amaro se disse “aberto” a se pronunciar “em relação a outros candidatos que eventualmente queiram que a autoridade diga alguma coisa [sobre suas propostas]”. “Não estou aqui para fazer campanha para o Marcelo Belinati ou quem quer que seja”, concluiu
Fonte: JL
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